Artigos

Fitoterapia

Alquimia das Ervas, curso empolga público interessado em medicina natural

A medicina natural à serviço da humanidade


Almoço de confraternização no Recanto Bar
no primeiro dia de aula. Rosana Aranha
 (ao centro no fundo)
Na semana de 26 a 30 de maio aconteceu aqui em Carrancas o curso de "Fitoterapia: Alquimia das Ervas", ministrado pela especialista no assunto, Rosana Aranha.
Em quase sua totalidade, o grupo formado por mulheres carranquenses receberam 30 horas de aulas onde o programa presentava o histórico da medicina natural, ao manuseio de ervas e plantas medicinais. Segundo Rosana, o curso não habilita o participante a 'prescrever', mas sim a compreender e administrar o uso dessas plantas.

Mas, o que é fitoterapia?
Fitoterapia é a utilização de plantas medicinais ou bioativas, ocidentais e/ou orientais, in natura ou secas, plantadas de forma tradicional, orgânica e/ou biodinâmica, apresentadas como drogas vegetais ou drogas derivadas vegetais, nas suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas e preparadas de acordo com experiências populares tradicionais ou métodos modernos científicos.

De acordo com o Conselho Brasileiro de Fitoterapia (Conbrafito) é considerada “fitoterapia” a utilização de plantas medicinais ou bioativas, ocidentais e/ou orientais, in natura ou secas, plantadas de forma tradicional, orgânica e/ou biodinâmica, apresentadas como drogas vegetais ou drogas derivadas vegetais, nas suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas e preparadas de acordo com experiências populares tradicionais ou métodos modernos científicos. As práticas e as pesquisas relacionadas ao cultivo e coleta, extração e manipulação, dispensação ou consumo, atenção farmacêutica, orientação assistida, prescrição ou recomendação da fitoterapia abrangem diversos biomas ou sistemas como: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Ecossistemas Costeiros e Marinhos, Pampa e Pantanal, entre outros, no que diz respeito às plantas nativas, endêmicas, introduzidas e exóticas. As práticas alternativas, complementares e outras não convencionais com vistas à prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, como homeopatia, termalismo, acupuntura e afins estarão sendo beneficiadas com a fitoterapia por meio do fornecimento de matérias-primas, insumos vegetais e produtos.

Fitoterápico, de acordo com a legislação sanitária brasileira, é o medicamento obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais, cuja eficácia e segurança são validadas por meio de levantamentos etnofarmacológicos, de utilização, documentações tecnocientíficas ou evidências clínicas. É caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. (Anvisa, RDC nº 14, de 31 de março de 2010).

É importante frisar que não se considera medicamento fitoterápico aquele que inclui na sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as associações dessas com extratos vegetais. (Anvisa, RDC nº 14, de 31 de março de 2010). Segundo estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 80% da população de países em desenvolvimento utiliza-se de práticas tradicionais na atenção primária à saúde e, desse total, 85% fazem uso de plantas medicinais (Carvalho, 2007). Com base nesses fatos, o estudo de plantas medicinais como fonte de medicamentos é advogado pela OMS como parte do seu programa “Saúde Para Todos”. Após décadas de esquecimento, as plantas medicinais e fitoterápicos retornam de um modo bastante amplo, por estarem alicerçadas em aspectos sociais e econômicos, como custo elevado de pesquisas que envolvem desenvolvimento de medicamentos sintéticos, além da dependência de matéria-prima farmacêutica e problemas relacionados as patentes.

Nos últimos tempos, multiplicaram-se na imprensa as informações sobre as vantagens das plantas medicinais e fitoterápicos, aflorando ainda, em grande número, as casas comerciais e farmácias especializadas em ervas. Paralelamente, foi ocorrendo uma substituição de medicamentos sintéticos por medicamentos fitoterápicos e produtos de origem natural, em todo o mundo. Em países como o Brasil, esses aspectos revestem-se de singular importância por vários motivos. Um deles é a riqueza de nossa flora, com mais de 100.000 espécies, onde apenas 8% das espécies vegetais foram estudadas em busca de compostos bioativos (Simões, 2003). O outro é que uma grande parcela da população não têm acesso a medicamentos, pelo fato de o Brasil ser extremamente dependente de importações de matérias-primas farmacêuticas.

Nosso país importa aproximadamente 90% do que consome deste tipo de matéria-prima (disponível em: URL: http://www.sebrae-sc.com.br). Além da evidente evasão de divisas, isso se constitui até numa questão de segurança nacional. Para se ter uma idéia da importância do assunto, em caso de interrupções abruptas nas importações de matérias-primas e medicamentos químicos, cerca de 25% dos nossos diabéticos correriam risco de vida, 15% dos hipertensos e portadores de úlceras gastroduodenais estariam privados de medicação supostamente adequada e a quase totalidade dos pacientes transplantados estaria virtualmente privada de medicamentos imunossupressores.

Vêm sendo feitos investimentos de monta em pesquisas, financiadas tanto por setores governamentais como pela iniciativa privada, correspondendo a interesses mundiais ou regionais. No Brasil, entretanto, onde a pesquisa acadêmica quase não se transforma em produtos ou serviços úteis à sociedade, esses objetivos não estão sendo alcançados, pois grande parte das pesquisas científicas não é aproveitada em favor do desenvolvimento sócio-econômico.

A pesquisa e o desenvolvimento de fitoterápicos por todo o mundo têm por finalidade atender as necessidades das empresas na busca de inovações levando em conta as seguintes informações: produtos modernos, renovação pela necessidade de novos lançamentos, busca de novos desenvolvimentos que atendam os requisitos legais (controle de qualidade, segurança e eficácia) e aperfeiçoamento de produtos já existentes. O estudo de campo e os dados dos laboratórios hoje permitem desenvolver terapias alternativas com bases científicas e etnofarmacológicas, validando o conhecimento popular relacionado a sistemas tradicionais de medicina.

Nos países de primeiro mundo, os medicamentos derivados de plantas vêm desempenhando papel crescente e relevante. Só para se ter uma idéia, em entre os anos 60 e 80, 25% de todo receituário médico nos EUA continham extratos de plantas ou algum princípio ativo deles extraído. Dados de uma pesquisa realizada no Brasil mostram que apenas 15% dos médicos prescrevem fitoterápicos por serem a favor de tratamentos alternativos e naturais, sendo que 27% utiliza dessa ferramenta apenas quando há alguma restrição ao tratamento alopático. Nessa mesma entrevista, 38% dos médicos prescreveriam mais fitomedicamentos se houvesse um maior número de estudos clínicos comprovando eficácia e segurança desses produtos e 5% não tem intenção de prescrever fitomedicamentos (Aché, 2004).

O Brasil, com seu amplo patrimônio genético e sua diversidade cultural, tem em mãos a oportunidade para estabelecer um modelo de desenvolvimento próprio e soberano no Sistema Único de Saúde (SUS) com o uso de plantas medicinais e fitoterápicos. Esse modelo deve buscar a sustentabilidade econômica e ecológica, respeitando princípios éticos e compromissos internacionais assumidos e promovendo a geração de riquezas com inclusão social.

No Brasil, no período 2003-2007, o número de consultas no PSF (Programa Saúde da Família) passou de 77 milhões para 140 milhões (MS, 2008).

Mas os dados do Ministério da Saúde ainda apontam uma forte desigualdade regional e intra-regional na oferta de serviços, bem como toda uma série de iniqüilidades de gênero e classe social. O enfrentamento dessas iniqüilidades, junto com a  mpliação da participação e do controle social, deve estar no centro do planejamento, da execução, do monitoramento e da avaliação das políticas e ações da saúde.

As filas nas Unidades Básicas de Saúde para agendamento de consultas, exames e cirurgias e o difícil acesso a medicamentos de alto custo mostram que a saúde pública no Brasil ainda não é eficaz para atender toda a população brasileira que não tem condições de pagar um plano de saúde. Os gastos com saúde pública ainda devem ser grandes para mudar esta situação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) promoveram em 1978 a Conferência Internacional sobre a Atenção Primária em Saúde em Alma–Ata, no Casaquistão, alertando para a necessidade de ação urgente dos governos, profissionais da saúde e desenvolvimento, bem como da comunidade mundial para proteger e promovera saúde dos povos no mundo. Nessa conferência, é recomendado aos estados membros proceder à:

Formulação de políticas e regulamentações nacionais referentes à utilização de remédios tradicionais de eficácia comprovada e exploração das possibilidades de incorporar os detentores de conhecimento tradicional às atividades de atenção primária em saúde, fornecendo-lhes treinamento correspondente (OMS, 1979).

Ao final da década de 1970, a OMS criou o Programa de Medicina Tradicional, que recomenda aos Estados-membros o desenvolvimento de políticas públicas para facilitar a integração da medicina tradicional e da medicina complementar alternativa nos sistemas nacionais e atenção à saúde, assim como promover o uso racional dessa integração.

Embora a medicina moderna esteja bem desenvolvida na maior parte do mundo, a OMS reconhece que grande parte da população dos países em desenvolvimento depende da medicina tradicional para sua atenção primária, tendo em vista que 80% dessa população utilizam práticas tradicionais nos seus cuidados básicos de saúde e 85% utilizam plantas ou preparações destas. Em vista desses fatos, e considerando a rica biodiversidade brasileira e sua enorme potencialidade no que diz respeito as plantas medicinais, no ano de 2006 duas políticas foram publicadas para o setor de plantas medicinais e fitoterápicos no Brasil, a fim de incentivar a prática desse tipo de terapia pelos profissionais da saúde. A primeira foi a Portaria Ministerial MS/GM nº 971, de 03 de maio de 2006, aprovando a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), que prevê a incorporação de terapias como a homeopatia, o termalismo, a acupuntura e a fitoterapia nesse sistema.

A segunda foi o decreto no. 5813, de 22 de junho de 2006, que aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) e dá outras providências (Carvalho, 2008). Essa Política estabelece diretrizes e linhas prioritárias para o desenvolvimento de ações pelos diversos parceiros em torno de objetivos comuns voltados à garantia do acesso seguro e do uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos em nosso País. Também traça diretrizes para o desenvolvimento de tecnologias e inovações, assim como o fortalecimento das cadeias e dos arranjos produtivos. A política orienta também para o uso sustentável da biodiversidade brasileira e o desenvolvimento do complexo produtivo da saúde (MS, 2007). Para o monitoramento e a avaliação da Política Nacional de Plantas

Medicinais e Fitoterápicos, foi criado e aprovado pela Portaria Interministerial nº 2960, de 9 de dezembro de 2008, o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que iniciou seus trabalhos no dia 29 de setembro de 2009. Com a sua criação essa política tornou-se o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Com caráter consultivo e deliberativo, o comitê é composto por representantes do governo e da sociedade civil.

Compete ao Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos:
I - definir critérios, parâmetros, indicadores e metodologia voltados à avaliação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), sendo as informações geradas no interior dos vários planos, programas, projetos, ações e atividades decorrentes dessa política, agora Programa Nacional;
II - criar instrumentos adequados à mensuração de resultados para as diversas vertentes da PNPMF;
III - avaliar a ampliação das opções terapêuticas aos usuários e a garantia de acesso a plantas medicinais, fitoterápicos e serviços relacionados à fitoterapia no SUS;
IV - acompanhar as iniciativas de promoção à pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e inovações nas diversas fases da cadeia produtiva;
V - avaliar as questões relativas ao impacto de políticas intersetoriais sobre plantas medicinais e fitoterápicos, tais como: desenvolvimento sustentável das cadeias produtivas, fortalecimento da indústria farmacêutica, uso sustentável da biodiversidade e repartição dos benefícios decorrentes do acesso aos recursos genéticos de plantas medicinais e ao conhecimento tradicional associado;
VI - acompanhar o cumprimento dos compromissos internacionais assumidos pelo País no âmbito da PNPMF;
VII - Acompanhar a consonância da política e do programa com as demais políticas nacionais.

Atualmente, o Conselho Brasileiro de Fitoterapia (Conbrafito) faz parte deste Comitê representando a Agricultura como Titular por meio de seu presidente em exercício.

O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos contempla todas as etapas de produção de fitoterápicos, desde o início, com as pesquisas que demonstrem evidências científicas da planta para um determinado tratamento, passando pelo cultivo, colheita, extração, produção e comercialização do produto. Por envolver também a sabedoria popular, o programa não poderia deixar de lado o conhecimento das comunidades tradicionais.

No Estado de São Paulo temos também o exemplo da Lei nº 12739/07, proposta pelo deputado Rodolfo de Costa e Silva, que autorizou o Poder Executivo a criar o Programa Estadual de Fitoterápicos, Plantas Medicinais e Aromáticas.

O Artigo 7º diz que o Programa Estadual de Fitoterápicos, Plantas Medicinais e Aromáticas deverá respeitar os seguintes princípios:

I - a pesquisa científica voltada para a identificação e a classificação de plantas para análise de suas qualidades terapêuticas;
II - o cultivo de plantas medicinais;
III - a pesquisa científica voltada para o desenvolvimento do processo de produção de produtos fitoterápicos;
IV - a produção de fitoterápicos;
V - a distribuição dos produtos fitoterápicos;
VI - o controle de qualidade dos produtos fitoterápicos;
VII - a divulgação dos produtos fitoterápicos com vista a orientar a comunidade médico-usuário da saúde a respeito de sua utilização.

A Lei nº 12951, de 07 de outubro de 1999 (D.O. 15 de outubro de 1999) dispõe sobre a Política de Implantação da Fitoterapia em Saúde Pública no Estado do Ceará. O Artigo 1º dessa lei diz que fica o Estado do Ceará autorizado a implantar política de incentivo à pesquisa e à produção de produtos fitoterápicos, com o objetivo de facultar ao Sistema Único de Saúde – SUS, o uso de tais medicamentos na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de enfermidades específicas. Em 2007 a Assistência Farmacêutica no Estado foi regulamentada como Coordenadoria (Coasf - Coordenadoria de Assistência Farmacêutica), se tornando divisão direta do organograma da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), o Núcleo de Fitoterapia (Nufito) que vem desenvolvendo atividades que vão desde a capacitação de profissionais para o conhecimento e cultivo das plantas à orientação científica sobre a utilização desses medicamentos na Farmacologia da Saúde Pública na capital e no interior. As atividades são resultados da parceria entre o Governo do Estado e o Projeto Farmácias Vivas, idealizado pelo Professor Francisco José de Abreu Matos, da Universidade Federal do Ceará. Outros Estados, como o Rio de Janeiro e a Bahia, também apresentaram seus programas estaduais de fitoterápicos e plantas medicinais. Alguns municípios também criam suas próprias políticas públicas que incentivam a utilização da prática da fitoterapia como a Lei Municipal nº 14903, de 06 de fevereiro de 2009 que dispõe sobre a criação do Programa de Produção de Fitoterápicos e Plantas Medicinais no Município de São Paulo e dá outras providências, agora regulamentada pelo Decreto nº 51435, de 26 de abril de 2010.

Segundo o Decreto nº 51435:
Art. 3º: O Programa tem por objetivo principal proporcionar a população o acesso seguro:
I - às plantas medicinais, com a adoção de boas práticas agícolas relativas ao respectivo cultivo, manipulação e produção de mudas certificadas e validadas, para utilização de acordo com orientação sobre o uso correto;
II - aos fitoterápicos, produzidos segundo legislação específica, a fim de serem disponibilzados, mediante prescrição de profissionais autorizados legalmente, médicos e cirurgiões dentistas nas suas respectivas especialidades, nas unidades de saúde da Secretaria Municipal da Saúde.

Vamos ver no decorrer deste livro que outros profissionais atualmente estão legalmente habilitados para prescrever fitoterápicos. Eis aqui uma crítica à esse Decreto, que poderia ter contemplado “profissionais legalmente habilitados” ao invés de “médicos e cirurgiões dentistas”.

Outra Lei do município de São Paulo com o mesmo intuito é a Lei nº 13717, de 8 de janeiro de 2004, Projeto de Lei nº 140/01, do Vereador Celso Jatene, D.O.U. do município de São Paulo de 9 de janeiro de 2004, que dispõe sobre a implantação das Terapias Naturais na Secretaria Municipal de saúde, e dá outras providências. O Artigo 1º diz que fica o Poder Executivo Municipal incumbido da implantação das Terapias Naturais para o atendimento da população do Município de São Paulo.
§ 1º - Entende-se como Terapias Naturais todas as práticas de promoção de saúde e prevenção de doenças que utilizem basicamente recursos naturais.
§ 2º - Dentre as Terapias Naturais destacamse modalidades, tais como: massoterapia, fitoterapia, terapia floral, acupuntura, hidroterapia, cromoterapia, aromaterapia, geoterapia, quiropraxia, ginástica terapêutica, iridiologia e terapias de respiração.

Em 2005, a Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos, por meio do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SCTIE/MS) elaborou, em parceria com outros ministérios e com colaborações de consultores e pesquisadores, uma lista de espécies vegetais considerando as já utilizadas nos serviços de saúde estaduais e municipais, o conhecimento tradicional e popular e os estudos químicos e farmacológicos disponíveis.

Esse documento subsidiou, em 2008, a elaboração da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus). A finalidade do Renisus é subsidiar o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva, inclusive nas ações que serão desenvolvidas também pelos outros ministérios participantes no Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, relacionadas à regulamentação, cultivo, manejo, produção, comercialização e dispensação de plantas medicinais e fitoterápicos. Terá também a função de orientar estudos e pesquisas que possam subsidiar a elaboração da Renafito (Relação Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos), o desenvolvimento e a inovação na área de plantas medicinais e fitoterápicos. As espécies vegetais foram pré-selecionadas por regiões que referenciavam seu uso, por indicações de uso e de acordo com as categorias do Código Internacional de Doenças (CID-10). Essa parte inicial do trabalho foi realizada por técnicos da Anvisa e do Ministério da Saúde (MS), profissionais de serviços e pesquisadores da área de plantas medicinais e fitoterápicos, vinculados à área da saúde, representando as diversas regiões brasileiras. A partir dessa pré-seleção foram excluídas espécies exóticas e as que constam da lista de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção, do Ministério do Meio Ambiente (IN nº 6/2008). A Renisus ficou com 71 plantas (veja a seguir a relação oficial completa).

RENISUS - Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse para o SUS

1 Achillea millefolium - Mil-folhas, aquiléia, mil-em-rama
2 Allium sativum – Alho
3 Aloe spp (A. vera ou A. barbadensis) – Babosa
4 Alpinia spp (A. zerumbet ou A. speciosa) - Alpínia, falso-cardamomo, pacová
5 Anacardium occidentale – Cajueiro
6 Ananas comosus – Abacaxi
7 Apuleia ferrea = Caesalpinia ferrea - Pau-ferro
8 Arrabidaea chica - Crajiru, pariri, cipó-cruz
9 Artemisia absinthium - Losna, absinto
10 Baccharis trimera – Carqueja
11 Bauhinia spp (B. affinis, B. forficate ou B. variegata) - Pata-de-vaca
12 Bidens pilosa - Picão-preto
13 Calendula officinalis – Calêndula
14 Carapa guianensis – Andiroba
15 Casearia sylvestris – Guaçatonga
16 Chamomilla recutita = Matricaria chamomilla = Matricaria recutita – Camomila
17 Chenopodium ambrosioides - Erva-de-santa-maria, mentrasto, mentruço, mentruz
18 Copaifera spp – Copaíba
19 Cordia spp (C. curassavica ou C. verbenacea) - Erva-baleeira
20 Costus spp (C. scaber ou C. spicatus) - Cana-do-brejo
21 Croton spp (C. cajucara ou C. zehntneri) – Sacacá
22 Curcuma longa - Açafrão, açafrão-da-terra, cúrcuma
23 Cynara scolymus – Alcachofra
24 Dalbergia subcymosa – Verônica
25 Eleutherine plicata - Marupari, marupazinho
26 Equisetum arvense – Cavalinha
27 Erythrina mulungu – Mulungu
28 Eucalyptus globulus – Eucalipto
29 Eugenia uniflora ou Myrtus brasiliana – Pitanga
30 Foeniculum vulgare - Funcho, falsa erva-doce
31 Glycine max – Soja
32 Harpagophytum procumbens - Garra-do-diabo
33 Jatropha gossypiifolia - Jalapa, pinhão-roxo
34 Justicia pectoralis - Anador, chambá
35 Kalanchoe pinnata = Bryophyllum calycinum - Pirarucu, folha-da-fortuna
36 Lamium album - Urtiga branca
37 Lippia sidoides - Alecrim-pimenta, alecrim-bravo
38 Malva sylvestris – Malva
39 Maytenus spp (M. aquifolium ou M. ilicifolia) - Espinheira-santa
40 Mentha pulegium - Poejo, menta-miúda
41 Mentha spp (M. crispa, M. piperitaou M. villosa) - Menta, hortelã
42 Mikania spp (M. glomerata ou M. laevigata) – Guaco
43 Momordica charantia - Melão-de-são-caetano
44 Morus sp - Amoreira, amora
45 Ocimum gratissimum – Alfavaca
46 Orbignya speciosa - Coco babaçu
47 Passiflora spp (P.alata, P. edulis ou P. incarnata) - Maracujá, passiflora
48 Persea spp (P. gratissima ou P. americana) – Abacateiro
49 Petroselinum sativum - Salsa, salsinha, cheiro-verde
50 Phyllanthus spp (P. amarus, P. niruri, P. tenellus e P. urinaria) - Quebra-pedra
51 Plantago major – Tanchagem
52 Plectranthus barbatus = Coleus barbatus - Falso-boldo, boldo-de-jardim
53 Polygonum spp (P. acre ou P. hydropiperoides) - Erva-de-bicho
54 Portulaca pilosa - Ora-pró-nóbis, beldroega
55 Psidium guajava - Goiaba-branca
56 Punica granatum – Romã
57 Rhamnus purshiana - Cáscara-sagrada
58 Ruta graveolens – Arruda
59 Salix alba - Salgueiro-branco
60 Schinus terebinthifolius = Schinus aroeira – Aroeira
61 Solanum paniculatum – Jurubeba
62 Solidago microglossa - Arnica brasileira
63 Stryphnodendron adstringens = Stryphnodendron barbatimam – Barbatimão
64 Syzygium spp (S. jambolanum ou S. cumini) - Jambolão, Jamelão
65 Tabebuia avellanedeae - Ipê-roxo, pau-d´arco
66 Tagetes minuta - Coari, cravo-de-defunto
67 Trifolium pratense - Trevo-dos-prados, trevo-vermelho
68 Uncaria tomentosa - Unha-de-gato
69 Vernonia condensata - Boldo-baiano, boldo-japonês
70 Vernonia spp (V. ruficoma ou V. polyanthes) - Assa-peixe
71 Zingiber officinale - Gengibre

Essa relação está disponível no seguinte endereço eletrônico:

Medicamentos para atenção básica à saúde
A Portaria nº 2982, de 26 de novembro de 2009, aprova as normas de execução e de financiamento da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica.
Essa portaria apresenta uma relação de medicamentos e outra de medicamentos fitoterápicos e homeopáticos que serão financiados pelo governo (federal, estadual e municipal) para serem utilizados pelo Sistema Único de Saúde por atenderem aos agravos prevalentes e prioritários da atenção básica.

Todas as políticas apresentadas estimulam a adoção da fitoterapia nos programas federais, estaduais e municipais de saúde pública, mostrando a importância do aperfeiçoamento dos profissionais da saúde nessa área, que vem crescendo, ganhando força e confiança da comunidade.

Nos últimos anos uma grande parte da população passou a mudar seus hábitos de compra: o setor de produtos naturais vem despertando a atenção de consumidores preocupados com a saúde e que buscam alternativas de tratamento com o mínimo possível de efeitos colaterais. Da mesma forma, os profissionais da saúde estão procurando cada vez mais alternativas aos produtos sintéticos e alopáticos para a melhoria dos sintomas e o tratamento de diversas patologias.

Este livro foi concebido para ajudar os profissionais interessados em aplicar a fitoterapia em equipes multidisciplinares, tanto no sistema único de saúde (SUS) como na rede privada, a recomendar e/ou prescrever fitoterápicos e plantas medicinais segundo a legislação. A utilização da fitoterapia está cada vez mais padronizada e segura, constituindo uma excelente terapêutica, se utilizada com o devido conhecimento e responsabilidade.

Lembramos que as legislações estão sempre sendo atualizadas, modificadas e/ou revogadas. As leis, resoluções, instruções normativas e outros decretos já apresentados e os que ainda serão citados estão atualizados até a data da publicação deste livro. Recomendamos que os profissionais que se utilizarem da legislação oficial na prescrição ou recomendação de plantas medicinais e fitoterápicos verifiquem se essas leis não foram alteradas ou atualizadas por outras.

O Conselho Brasileiro de Fitoterapia (Conbrafito) sinaliza a importância da busca constante do aprimoramento na prescrição e/ou recomendação segura de plantas medicinais e fitoterápicos através de cursos, congressos, leitura de artigos científicos e da filiação a instituições de classe que estabeleçam, definam, reciclem e fortaleçam essas regulamentações.

Leia mais em: “Como prescrever ou recomendar plantas medicinais e fitoterápicos”. Autor Sérgio Tinoco Panizza

Esteticista Rosana Aranha
Arquiteta, Esteticista Facial e Corporal, Terapeuta Holística especialiazada em Ayurvédica, Yogaterapia, Fitoterapia, Aromaterapia, Florais, Cristaloterapia, Cromoterapia, Radiestesia e Reiki (Usui, Tibetano e Seichim). E-mail: rosanaranha@yahoo.com.br Celular: (011) 95290 8717.


Eneagrama

Conheça o "Eneagrama"



O que é o Eneagrama?
Muito se escreveu sobre o que é o eneagrama, mas na maioria das vezes o autor se refere mais ao seu uso específico do que ao que seja o eneagrama em si.
Como sua utilidade se presta às mais diversas áreas, como a filosofia, a física, a administração, as psicoterapias, etc., muitos confundem a sua aplicação com a natureza do próprio símbolo.

Sua origem não é conhecida. O que se tem são informações sobre sua aplicação, há mais de 4.000 anos, pelos sumérios, pela fraternidade Sarmaun, por Zoroastro, Pitágoras, e outros.
Na atualidade, destacam-se três indivíduos que prestaram contribuições significativas quanto ao uso do símbolo do eneagrama: o filósofo armênio G. I. Gurdjieff (falecido da década de 50);o filósofo boliviano Oscar Ichazo (Instituto Arica); e o psiquiatra chileno Cláudio Naranjo (Instituto SAT).

Em síntese, o eneagrama é um símbolo que pode ser usado para representar qualquer processo que se mantém por auto-renovação.
O processo se divide em 9 etapas e, dispondo-as adequadamente no símbolo, podemos estudar a relação entre elas.
Uma comprovação desta característica singular pode ser demonstrada por meio do processo das dízimas periódicas.
Se dividirmos 1 unidade por 3, obtemos uma sucessão infinita de 3: 1/3 = 0,333333...
A soma da outra terça parte gera uma sucessão infinita de 6: 1/3 + 1/3 = 2/3 = 0,66666...
Quando somamos a terça parte final, geramos uma sucessão infinita de 9: 1/3 + 1/3 + 1/3 = 1 = 0,99999...
Entretanto, quando dividimos 1 unidade por 7, obtemos a seguinte sucessão infinita: 1/7 =0,142857142857... Exatamente o movimento que podemos notar nas linhas que se interligam no símbolo do eneagrama.

O eneagrama não é uma filosofia específica. Freqüentemente o eneagrama é tomado como se fosse parte de um conhecimento específico, quando na verdade este corpo de conhecimento usa um eneagrama para seus fins e interesses.
Esta confusão acontece, principalmente, quando alguém conhece a aplicação de um eneagrama como se ela fosse o eneagrama em si.
Hoje podemos encontrar centenas de aplicações de eneagramas, nas mais diversas áreas.
Como mostra dessa variedade, o International Enneagram Association –IEA (www.internationalenneagram.org), tem como um de seus objetivos divulgar as diversas aplicações do eneagrama.

Todos nós adotamos padrões de comportamento, desde coisas comuns do dia-a-dia, como a maneira como nos enxugamos depois do banho, a forma de cumprimentar uma pessoa que nos é apresentada, como escovamos os dentes, etc. Até mesmo em questões mais complexas, como a forma com que julgamos os outros, o que é certo para nós, como percebemos a realidade, etc.

Quando, no Eneagrama, dizemos que alguém tem um Padrão de Comportamento ou Tipo, estamos nos referindo ao conjunto de ações, pensamentos e sentimentos apegados a uma emoção predominante. Conjunto esse que é muito pessoal, dinâmico e, nesse sentido, também singular. Mesmo assim, nossa referência é a emoção que sustenta esse conjunto, chamada de Vício Emocional.

Utilizar o Eneagrama dos Vícios Emocionais nos permite reconhecer como cada uma das 9 emoções está presente em nossas vidas e, conseqüentemente, qual é a mais presente e predominante. Quando este trabalho é dirigido, como no Instituto Eneagrama, o participante reconhece que, mesmo agindo de maneira diferente a cada situação e descobrindo coisas em si de cada um dos 9 padrões, existe uma motivação básica tão inconsciente quanto constante. Que cada fase está envolvida com um conjunto de emoções e uma mesma como predominante. Que ao longo da vida buscamos a mesma coisa, de formas diferentes.

ÉTICA DO ENEAGRAMA
(Stanford University)

1.    Conheça a si próprio primeiro.

2.    Desenvolva a aceitação e compaixão pelas diferenças entre pessoas.

3.    Ajude os outros a descobrirem o seu Tipo; não lhes diga qual Tipo eles são.

4.    Quando outro Tipo disparar uma reação negativa, olhe para o seu próprio Tipo, tentando encontrar a chave (compulsão). Assuma que a questão é com você.

5.    Não estereotipe, não assuma que somente certos Tipos são adequados para certas posições no mundo do trabalho, ou que outros nunca poderiam fazer isso ou aquilo. Lembre-se que o Padrão de Comportamento não é tudo que somos e sim algo a ser amadurecido.

6.    Esteja pronto para abrir seu coração para cada Tipo...., não sua mente crítica.

7.    O Eneagrama não é um jogo de psicologia-pop. É uma realidade sobre a natureza humana. Trate-o com respeito e cuidado.

8.    O melhor uso desse modelo de personalidade é começar a se libertar das limitações de seu padrão  de comportamento... ir além dele, para sua natureza superior.

9.    Lembre-se, não existe Tipo 10.

A seguinte descrição dos Tipos de padrão de comportamento objetiva uma visão geral, sendo insuficiente para uma auto-identificação.

É importante lembrar que não somos um Tipo de padrão de comportamento, mas sim, adotamos um como mecanismo de defesa ou de organização funcional na família e na sociedade.

Na abordagem do Instituto Eneagrama desaconselhamos a tentativa de auto-identificação por meio de questionários ou avaliações. Isto porque compreendemos que sozinho o indivíduo só irá reconhecer aquilo que estiver dentro da ótica de seu próprio Tipo. É necessária a contribuição de um profissional que lhe ajude a ampliar esta visão de si e consequentemente da identificação de seu próprio Tipo.

Tipo 1 - O Perfeccionista
Vício Emocional = Raiva

Características Positivas
·   Disciplinados
·   Objetivos
·   Determinados
·   Comprometidos

Características Negativas
·   Intransigentes
·   Rígidos, intolerantes
·   Exageradamente exigentes
·   Tensos

As pessoas que adotaram o Tipo 1 são centradas na ação, têm um senso prático exigente, que dá prioridade às tarefas a serem realizadas. O vício emocional é a Raiva, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude esforçada e auto-imagem virtuosa – Eu estou fazendo a minha parte.

O nome Perfeccionista vem do alto nível de exigência, que as faz serem conhecidas como "cri-cris". Se isso tem que ser feito, não interessa se você gosta ou não, tem que ser feito...

A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas duras e intransigentes, apegadas à dicotomia do certo-errado, justo-injusto, adequado-inadequado, acreditando que o esforço as faz merecedoras. Se todos fossem como eu, não teríamos de passar por isso...

Nas empresas, encontramos o Tipo 1 normalmente ligado a uma área em que seu esforço possa ser mensurado. Contabilidade, financeiro, organização e métodos são algumas das áreas comuns. Seu senso prático é muito útil nas situações em que os temas principais são a organização e a realização. Mas em sua compulsão, serão poucos aqueles que se adaptarão ao seu alto nível de exigência. Os detalhes tornam-se desproporcionais. É obvio que isto não está bom; se você se esforçasse mais, entenderia que bom é inimigo de ótimo.

Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 1 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Raiva) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Serenidade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio do certo-errado, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.

Exemplos de Tipo 1: Lilian Witte Fibe, Luiz Carlos Prates.

Tipo 2 - O Prestativo
Vício Emocional = Orgulho

Características Positivas
·   Empáticos
·   Carismáticos
·   Voluntariosos
·   Envolventes

Características Negativas
·   Inconseqüentes
·   Ingênuos
·   Teimosos
·   Intempestivos

As pessoas que adotaram o Tipo 2 são centradas na emoção, têm uma percepção aguda dos outros, tornando-se conquistadoras, que sabem como conseguir o que querem das pessoas. O vício emocional é o Orgulho, que, por ser inconsciente, é justificado com a atitude solícita e a auto-imagem bem-intencionada. Esta emoção sustenta um comportamento baseado na sensação de auto-suficiência e capacidade. Eu posso...

O nome Prestativo se adapta mais ao subtipo preservação; já o Sexual poderia ser chamado de Sedutor, e o Social, de Independente. De qualquer forma, a atitude comum é a de Eu posso, eu sei, eu faço. Hábeis nas relações, costumam ser conhecidos como pessoas queridas.

A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas centradas nos outros, que se tornam agressivas quando não atendidas. Desenvolvem uma baixa tolerância a qualquer coisa que se traduza em cuidar de si mesmos. Sofrem quando têm de pedir algo ou quando não conseguem estar à altura da imagem idealizada.

Nas empresas, encontramos o Tipo 2 normalmente ligado a uma área em que haja relacionamentos com pessoas. Vendas, RH, secretariado e áreas assistenciais são comuns. Seu alto nível de empolgação e envolvimento com pessoas cria movimento onde havia marasmo, desperta nas pessoas a vontade de se envolver. Mas em sua compulsão, tornam-se manipuladores agressivos, que cobram cada movimento que tenham feito em direção ao outro, podendo mover as pessoas umas contra as outras.

Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 2 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Orgulho) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Humildade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio da atenção do outro ou do valor que lhes dão, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.

Exemplos de Tipo 2: Ana Maria Braga, Xuxa, Tarcísio Meira.

Tipo 3 - O Bem-Sucedido
Vício Emocional = Vaidade

Características Positivas
·   Dedicados
·   Eficientes
·   Objetivos
·   Negociadores

Características Negativas
·   Dissimulados
·   Calculistas
·   Impessoais
·   Manipuladores

As pessoas que adotaram o Tipo 3 são centradas na ação ou no planejamento, visando reconhecimento.Têm uma visão mercantilista, que os guia na sua perseguição pelo sucesso. O vício emocional é a Vaidade, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude progressista e auto-imagem eficiente.

O nome Bem-Sucedido vem do seu apego à imagem e ao valor que ela traduz; o sucesso é um meio de conquistar valor próprio.

A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas frias, que disfarçam sua frieza com uma imagem humanista. São aficionadas pelo resultado, estressando todos ao seu redor em nome de uma excelência.
Os fins justificam os meios...se os ventos mudaram, ajuste as velas. Andam com um taxímetro nas costas, comprometendo-se com as pessoas na justa medida em que elas se tornam úteis para alcançar as metas.
Nas empresas, encontramos o Tipo 3 normalmente ligado a áreas em que haja possibilidades de crescimento. Vendas, advocacia, administração, autônomos, consultoria e assessorias
 são algumas das áreas comuns. Sua capacidade de sintetizar idéias e comunicar-se gera orientação em função das metas. Mas em sua compulsão, tornam-se impessoais, exigindo das pessoas mais do que elas poderiam dar; e descomprometidos, podendo abandonar o barco diante de uma proposta mais atraente.

Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 3 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Vaidade) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Sinceridade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio do sucesso, admiração e reconhecimento, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.

Exemplos de Tipo 3: Ana Paula Padrão, Silvio Santos, Fernando Henrique Cardoso.

Tipo 4 - O Romântico
Vício Emocional = Inveja

Características Positivas
·   Sensíveis
·   Criativos
·   Detalhistas
·   Exigentes

Características Negativas
·   Instáveis
·   Críticos mordazes
·   Queixosos
·   Pouco objetivos

As pessoas que adotaram o Tipo 4 são pessoas centradas na emoção, são sensíveis ao ambiente e emocionalmente instáveis. A sensível percepção emocional faz delas pessoas que vêem o que a maioria não vê. O vício emocional é a Inveja, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude insatisfeita e auto-imagem de singularidade. Das 9 emoções descritas no eneagrama, a inveja é a mais incompreendida, agravando a dificuldade dos Românticos em se identificarem no eneagrama. O que facilmente reconhecem é a insatisfação.

O nome Romântico vem da comparação de sua vida com uma outra idealizada, em que Aí, sim, as coisas poderiam ser melhores. A crítica e a exigência de originalidade faz delas pessoas conhecidas como autênticas.

A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas centradas no que falta, indo atrás, no caso do subtipo Preservação; sendo mordazes, no Sexual; ou, ainda, queixosos, no Social. Mas a característica comum é a insatisfação.  ...Se pelo menos fosse assim...

Como o foco é para o que falta e a comparação é constante, tornam-se pessoas críticas e muitas vezes irônicas. Há uma sensação básica de que foram “sacaneadas”  pelo mundo ou por outras pessoas.
Vale ressaltar que os subtipos do 4 são os que mais apresentam diferenças caracteriais, parecendo Tipos diferentes entre si.

Nas empresas, encontramos o Tipo 4 normalmente ligado a uma área em que a criatividade e a originalidade possam ser expressadas. Estilismo, decoração, psicologia e jornalismo são algumas das áreas comuns. Seu senso crítico apurado e o gosto pelo diferente criam um ambiente humano, onde se deseja estar. Quando sentem liberdade para se expressar, inundam o ambiente com cores. Mas em sua compulsão, tornam-se melancólicos, carregando o ambiente com sua sensação de insatisfação. Bom dia! - Diz João - Só se for para você! - Responde Vera.  

Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 4 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Inveja) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Equanimidade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio da obtenção do que falta ou no que está fora, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.

Exemplos de Tipo 4: Paulo Coelho, Caetano Veloso, Miguel Falabella, Arnaldo Jabor.

Tipo 5 - O Observador
Vício Emocional = Avareza

Características Positivas
·   Planejadores
·   Analíticos
·   Ponderados
·   Lógicos

Características Negativas
·   Apáticos
·   Distantes
·   Frios
·   Calculistas

As pessoas que adotaram o Tipo 5 são centradas na mente, têm uma curiosidade pelo entendimento, tornando-se planejadores extremamente racionais. O vício emocional é a Avareza, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude pouco expressiva e auto-imagem lógica e prudente.

O nome Observador vem da atitude de não-envolvimento, como se preferisse estar em segundo plano, de onde pode ver melhor sem perder seu senso crítico.

Dos Tipos do Eneagrama são os “mais na deles”; preferem estar consigo mesmos, envolvidos em atividades que só dizem respeito a si próprios.

A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas frias e calculistas, que crêem na mente como meio de conseguir as coisas, substituindo emoções por pensamentos. Deus colocou a cabeça mais alto que o coração para que a razão pudesse dominar o sentimento.

Preferem o racionalismo ao empirismo, não se permitindo sequer desejar algo que não seja "lógico", ou expressar sentimentos, que, por sua vez, são vistos como inadequados.
Nas empresas, encontramos o Tipo 5 normalmente ligado a uma área do planejamento. Engenharias, pesquisa e informática são algumas das áreas comuns. Sua capacidade de análise faz deles verdadeiros jogadores de xadrez, trazendo ao grupo o valor das metas de longo prazo e do planejamento estratégico. Mas em sua compulsão, tornam-se distantes e inacessíveis; com respostas curtas e diretas afastam as pessoas, mostrando pouco ou nenhum apreço pela presença delas.

Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 5 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Avareza) e o contato consigo mesmos por meio da virtude do Desapego da mente. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio da racionalização. Aceitam e expressam mais seus sentimentos, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.

Exemplos de Tipo 5: Jorge Bornhausen, Delfin Neto, Antônio Ermínio de Moraes, Lázaro Brandão.

Tipo 6 - O Questionador
Vício Emocional = Medo

Características Positivas
·   Leais
·   Gregários
·   Organizados
·   Comprometidos

Características Negativas
·   Ansiosos
·   Preocupados
·   Desconfiados
·   Legalistas

As pessoas que adotaram o Tipo 6 são centradas na ação ou na emoção, visando ao controle. São atentas e desconfiadas, embora não necessariamente expressem isso. Preferem se preparar a atirar-se de improviso. O vício emocional é o Medo, que, por ser inconsciente, é justificado com a auto-imagem de precavido e realista.

O nome Questionador vem da atitude desconfiada e alerta, do tipo Enquanto você está indo, eu já fui e estou voltando...  No subtipo sexual encontramos a forma contrafóbica do medo, que é reconhecida com atitudes opostas ao medo, do tipo  O que você está olhando ai? Vai encarar?

A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas ansiosas, que sempre têm um pé atrás, que preferem o conhecido e querem se preparar para o desconhecido. Mais vale um pássaro na mão do que dois voando. Ou, ainda, Melhor prevenir do que remediar.

No caso dos contrafóbicos, a expressão é sempre oposta, de não se submeter ao mando de outro ou pelo menos questionar agressivamente as intenções do outro. A melhor defesa é o ataque. Enquanto você está indo, eu já estou voltando.  Esta é uma atitude que encobre uma desconfiança sobre as reais intenções dos outros e uma pré-disposição a interpretar os outros como ameaça.

Nas empresas, encontramos o Tipo 6 normalmente ligado às gerências de pessoas e procedimentos. Produção, financeiro e RH são algumas das áreas comuns. Sua capacidade de  perceber riscos faz deles hábeis críticos de processos, trazendo um leque de possibilidades de falhas. Além disso, são gerentes gregários, que facilmente conseguem trazer o espírito de equipe, no qual vale o Um por todos e todos por um. A lealdade é uma marca registrada deste padrão de comportamento. Mas na compulsão, tornam-se rígidos cobradores de normas e procedimentos, como maneira de garantir o controle.
Os contrafóbicos são encontrados em lideranças, assumindo riscos como colaboradores ou empresários.

Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 6 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Medo) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Coragem e da confiança em si mesmos. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio da regra ou do que é mais lógico ou seguro. Aceitam e expressam mais suas emoções, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.

Exemplos de Tipo 6: Lula, Luiz Felipe Scolari.

Tipo 7 - O Sonhador
Vício Emocional = Gula

Características Positivas
·   Criativos
·   Bem-Humorados
·   Improvisadores
·   Otimistas

Características Negativas
·   Dificuldades com regras
·   Anti-rotina
·   Argumentadores compulsivos
·   Pouco sensíveis aos valores dos outros

As pessoas que adotaram o Tipo 7 são centradas na mente; têm uma agilidade mental para lidar com várias coisas ao mesmo tempo, dando prioridade ao prazer. O vício emocional é a Gula, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude entusiasta e auto-imagem de hábil improvisador. Faço do limão uma limonada.

O nome Sonhador vem da grande quantidade de idéias e planos, beirando o impossível.
A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas superficiais, que se sobrecarregam com atividades como meio de fugir das dificuldades emocionais. O otimismo exagerado também revela pessoas que evitam o desprazer, olhando para o mundo com óculos cor-de-rosa.

Nas empresas, encontramos o Tipo 7 normalmente ligado a uma área em que não haja rotina e a criatividade seja necessária. Marketing, vendas, planejamento e negociação são algumas das áreas comuns. Seu otimismo e criatividade são muito úteis nas situações em que o tema principal é a busca de novas soluções. Mas em sua compulsão, são indisciplinados e irresponsáveis, fugindo da rotina por meio de argumentos manipuladores. Chocam-se com aqueles que são mais rígidos e querem seguir os passos previstos.

Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 7 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Gula) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Sobriedade. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio do prazer imediato, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.

Exemplos de Tipo 7: Jô Soares, Tom Cavalcante, Didi, Regina Casé.

Tipo 8 - O Confrontador
Vício Emocional = Luxúria

Características Positivas
·   Assertivos
·   Objetivos
·   Realizadores
·   Eficazes

Características Negativas
·   Insensíveis
·   Autoritários
·   Intimidadores
·   Agressivos

As pessoas que adotaram o Tipo 8 são centradas na ação, têm uma facilidade em mandar e liderar, dando prioridade à realização. O vício emocional é a Luxúria, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude dominadora e auto-imagem realizadora. Tudo ao seu redor tem de ser intenso e desafiador, numa atitude de Dar um boi para não entrar e uma boiada para não sair.

O nome Confrontador vem da facilidade com que se posicionam a respeito do que querem, expressando-se de forma direta e objetiva, intimidando com sua aparente segurança.

A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas insensíveis, apegadas à força e ao poder. Dominadores agressivos, tornam-se conhecidos como verdadeiros rolos-compressores. Facilmente tendem ao exagero, desconsiderando o que os outros pensam e sentem.

Nas empresas, encontramos o Tipo 8 normalmente ligado a liderança. Este é o perfil típico do empresário megalômano, que cresce rapidamente. Seu feeling  para os negócios e sua autoconfiança fazem deles pessoas que inspiram crescimento e superação. Por meio de atitudes diretas e eficazes, transformam as organizações rapidamente. Mas em sua compulsão, assumem a centralização do poder. Manda quem pode, obedece quem tem juízo. Ou, ainda, Será do meu jeito ou de jeito nenhum.

Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 8 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Luxúria) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Inocência. Esta ferramenta os auxilia a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais por meio do poder e da dominância, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.

Exemplos de Tipo 8: Antônio Carlos Magalhães, Eurico Miranda, Fidel Castro.

Tipo 9 - O Preservacionista
Vício Emocional = Indolência

Características Positivas
·   Calmos
·   Mediadores
·   Flexíveis
·   Carismáticos

Características Negativas
·   Indecisos
·   Apáticos
·   Procrastinadores
·   Dependentes

As pessoas que adotaram o Tipo 9 são centradas na emoção ou na mente, têm uma atitude mediadora, dando prioridade ao bem comum. O vício emocional é a Indolência, que, por ser inconsciente, é justificada com a atitude tranqüila e auto-imagem conciliadora, Se cada um ceder um pouco, todos ficarão bem.

O nome Preservacionista vem da busca de preservar o status quo, evitando conflito em prol da paz e da tranqüilidade.

A principal conseqüência negativa desta forma de se organizar reside na dificuldade em reconhecer suas reais necessidades. Tal afastamento de si revela pessoas apáticas, que desenvolveram um estado de anestesia para não sofrerem atritos com a realidade. Uma atitude de hiper-flexibilidade os deixa amorfos, adequando-os facilmente ao ambiente.

São pessoas que expressam serenidade e calma, mesmo não sendo estes seus sentimentos reais. A apatia emocional os deixa indecisos, a ponto de serem conhecidos como “tanto faz”.

Nas empresas, encontramos o Tipo 9 nas mais variadas áreas. Sua facilidade em se adaptar permite manterem-se em atividade por longos prazos, resistindo inicialmente a mudanças, mas adaptando-se no decorrer do tempo. Administrativo, secretariado, atendimento ao público e auxiliares são algumas das áreas comuns. Sua habilidade mediadora é muito útil nas situações em que é necessário desenvolver tarefas de longo prazo. Mas em sua compulsão, acabam cedendo para evitar o conflito. Tornam-se indecisos e procrastinadores, preferindo a realização de tarefas ao envolvimento ativo na busca de soluções – Vou me fingir de morto para sobreviver.

Para maior equilíbrio:
Quando os Tipo 9 reconhecem seu padrão de comportamento como sendo uma maneira de se organizar e não o que realmente são, estão abertos a desenvolver a neutralização do vício emocional (Indolência) e o contato consigo mesmos por meio da virtude da Ação Correta. Esta ferramenta os auxiliam a reconhecer o que querem a partir de si mesmos, não mais na atitude adaptativa ao meio em que estão inseridos, permitindo uma integração maior de seus sentimentos, pensamentos e ações.

Exemplos de Tipo 9: Dorival Caymmi, Tom Jobim, Martinho da Vila.


Aqui você vai encontrar a descrição das 9 emoções conforme o dicionário e, segundo nossa abordagem na condição de Vício Emocional.

RAIVA
Dicionário:
Raiva: Indignação. Sentimento de cólera, de repulsa ante uma ação vergonhosa, injuriosa, injusta.
Ira: Raiva contra alguém. Desejo de vingança.
Cólera: Impulso violento, ira, irritação forte.
Ódio: Rancor profundo e duradouro que se sente por alguém. Aversão, antipatia.

Eneagrama:
Indignação por as coisas não serem como “deveriam” ser. A Raiva quando vício emocional invalida as sensações, exigindo o que é “certo” em detrimento do que realmente se quer.

ORGULHO
Dicionário:
Orgulho: Conceito muito elevado que alguém faz de si mesmo; altivez, brio. Amor-próprio exagerado. Empáfia, soberba.
Soberba: Altura de coisa que está superior a outra. Orgulho excessivo; altivez, arrogância.

Eneagrama:
Afirmação de si. Eu sei, eu sou, eu faço. Cegueira quanto às dificuldades e deficiências.
Auto-imagem engrandecida.
O Orgulho gera uma cegueira, impedindo o reconhecimento das próprias falhas e fraquezas, que conseqüentemente voltam a se repetir.

VAIDADE
Dicionário:
Vaidade: Qualidade do que é vão, instável ou de pouca duração. Desejo imoderado e infundado de merecer a admiração dos outros. Vanglória, ostentação. Futilidade.
Vanglória: Presunção mal fundada; bazófia, jactância, vaidade.
Jactância: Ostentação, vanglória. Arrogância. Atitude presunçosa.

Eneagrama:
Paixão pela imagem.
A Vaidade faz correr atrás de valores de uma imagem idealizada, desvalorizando o que se é.
  
INVEJA
Dicionário:
Inveja: Desgosto, ódio ou pesar por prosperidade ou alegria de outrem. Cobiça.
Cobiça: Desejo veemente de conseguir alguma coisa. Ambição desmedida de riquezas.

Eneagrama:
Comparação, desvalorização de si em favor do que falta. Comparação do momento de agora em favor de outro momento, passado ou futuro.
A Inveja projeta um valor fora do indivíduo, fazendo comparações e desvalorizando o presente; (...se eu tivesse; ...quando acontecer ...).
  
AVAREZA
Dicionário:
Avareza: Apego demasiado e sórdido ao dinheiro. Mesquinhez, sovinice.
Reter: Não se desfazer de. Não deixar sair das mãos.
Represar: Reter a água. Não deixar sair, deter. Não avançar; parar, suspender-se. Conter(-se), refrear(-se), reprimir(-se).
Conter: Moderar o ímpeto de.  Moderar-se, refrear-se.

Eneagrama:
Vício da retenção. Conter-se, refrear-se, reprimir-se em favor da razão.
A Avareza gera mesquinhez, racionalizando excessivamente e empobrecendo a percepção emocional.

MEDO
Dicionário:
Medo: Perturbação resultante da idéia de um perigo real ou aparente. Apreensão. Receio de ofender, de causar algum mal, de ser desagradável.
Apreensão: Preocupação, receio, temor. Desassossego do espírito por temor do futuro.
Preocupação: Ato de preocupar ou de se preocupar. Idéia fixa. Inquietação resultante dessa idéia.

Eneagrama:
Preocupação, dúvida, busca de segurança. Apego exagerado a valores externos, como moral, ética, religião, verdade, família, etc...
O Medo gera dúvidas sobre o que se sente e se quer, justificando algo mais seguro e confiável, agindo como um freio de mão puxado.

GULA
Dicionário:
Gula: Excesso na comida e bebida. Predileção para boas iguarias.

Eneagrama:
Avidez por variedade de sensações. Quanto mais melhor. Paixão pelo novo, diferente, pela variedade.
A Gula faz querer tudo, causando superficialidade e baixa tolerância a rotina.

LUXURIA
Dicionário:
Luxúria: Corrupção de costumes, lascívia, sensualidade.
Lascívia: Libidinagem.
Libidinoso: Que sente vivos desejos sensuais.
Excesso: Diferença para mais entre duas quantidades; excedente, sobra. Grau elevado.  Falta de moderação; desregramento. Esforço desmedido.

Eneagrama:
Exagero, intensidade, fome de viver intensamente.
A Luxúria motiva uma intensidade exagerada, que fere o indivíduo e os outros.

INDOLÊNCIA
Dicionário:
Indolência: Preguiça. Negligência. Insensibilidade, apatia.
Preguiça: Pouca disposição para o trabalho; inação, mandriice. Demora ou lentidão em fazer qualquer coisa; moleza; morosidade.
Apatia: Estado de indiferença por falta de sensibilidade, de sentimentos; indiferença.
Indolente: Que é insensível à dor. Descuidado.

Eneagrama:
Preguiça de ser. Anestesiado a si. Pouca vitalidade para ser. A Indolência gera acomodação, anestesiando pouco a pouco até a perda do contato com os reais potenciais.

AMBITO PESSOAL

Quem é você? O que realmente quer? Quais emoções lhe influenciam? Como trabalhá-las? O que impede seu potencial?

Responder a estas perguntas pode não ser tão simples quanto parece. Na maioria das vezes as pessoas respondem falando de características externas, como profissão, local de nascimento, estado civil, etc...

A dificuldade se dá pela distância entre a Essência (o que somos) e o Padrão de Comportamento (o que adotamos). Nos distanciamos do que realmente somos e adotamos um Padrão de Comportamento para sermos aceitos pela sociedade. Entretanto, adotar um Padrão de Comportamento implica abrir mão da criatividade e livre-arbítrio.

O trabalho com o Eneagrama faz com que o indivíduo reconheça o território do padrão de comportamento e recupere o contato com a essência, diminuindo a distância entre eles.

AMBITO EMPRESARIAL
O Eneagrama constitui um valioso instrumento para as empresas melhorarem seu clima organizacional e relacionamento com os clientes.

O sucesso das empresas está relacionado ao êxito dos seus relacionamentos internos e externos. Dentro de uma única organização convivem muitas pessoas, cada uma com características próprias, com uma personalidade. Estas pessoas se relacionam entre si e também com outras organizações. Compreender as diversas personalidades existentes proporciona um melhor convívio.

Ex.: Um gerente saberia como motivar melhor cada uma das personalidades de sua equipe, e aproveitar as suas potencialidades específicas.

Bibliografia do Eneagrama.
Em negrito estão os indicados pelo Instituto Eneagrama

Alaor Passos – Vinte e sete Caracteres - Esfera
Cláudio Naranjo - Os Nove Tipos de Personalidade - Editora Objetiva
Chistian Paterham - Eneagrama, um caminho para seu sucesso individual e
profissional - Madras
David Daniels & Virginia Price, Phd  - A Essência do Eneagrama - Pensamento
Domingos Cunha, CSh e Luís Carlos, CSh - Quem é Você ? - Editora Paulus
Don Richard Riso – A Sabedoria do Eneagrama - Cultrix
Eliane Ganem - Os Florais de Bach e o Eneagrama - Editora Objetiva
Helen Palmer - O Eneagrama - Edições Paulinas
Helen Palmer - O Eneagrama no Amor e no Trabalho - Edições Paulinas
J.G. Bennett - O Eneagrama - Editora Pensamento
Kathleen V.Hurley e Theodore E.Dobson  - Qual é o meu Tipo ? - Editora Mercuryo
Kathleen V.Hurley e Theodore E.Dobson  - Meu Eu melhor.- Editora Mercuryo
Karen Webb - Eneagrama - Avatar
Marcos S. Queiros - Em busca do paraíso perdido,  eneagrama - Editora Mercuryo
Oscar Ichazo – Carta à comunidade Transpessoal – Arica 08/06/98
Patrícia e Fabien Chabrenil- A Empresa e seus Colaboradores, eneagrama - Madras
Pedro Alípio - Os Segredos das Pessoas, Eneagrama - Editora Gente
Renee Baron e Elizabeth Wagele - Eneagrama um Guia Prático – Ediouro
Renee Baron e Elizabeth Wagele – Eu sou seu Tipo, Você é o Meu ? – Madras
Richard Rohr e Andreas Ebert - O Eneagrama as Nove Faces da Alma – Vozes

Edição: Fernando Luigi
Fonte de pesquisa: Instituto Eneagrama